segunda-feira, 14 de setembro de 2015

poesia corporal

escrever poesias no teu corpo
até que ele saia de si
transmute energia
crie
recrie
torne-se.

E no fim,
repouse em paz perto no meu coração.




domingo, 13 de setembro de 2015

Trama virtual

Joana ficava com Teresa que era separada de Jaqueline,
que não gostava de Pedro.
Pedro por sua vez, amava Joana que também o amava
mas que alimentava as ilusões de Teresa.
 João, que chegou depois nessa história, amava
 Joana,
Teresa,
Jaqueline e
Pedro.

Mas, sempre ficou na sua.
Decidiu não se meter nas confusões alheias.


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Juan, el marinero


Para ler ao som de:
https://www.youtube.com/watch?v=ouiC31M1cb4&spfreload=10

Um marinheiro com 20 mulheres ao seu redor

Cores verdes e azuis espalhadas 
numa extensão além mar.

Cada beijo parecia o mesmo,
apesar de serem mulheres diferentes.

No azul esverdeado do seu macacão, exalava perfume de rosas
Não sentia gozo, prazer e muito menos harmonia.

Partiu, 
e não levou nenhum de seus amores.

Julgou assim ser o melhor destino.

Agora no seu macacão, 
areia e um gosto de sal.

Deu adeus e foi gozar com a sua solidão muito além da linha do horizonte.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

!!!

No cio,
está meu coração.

Molhado de suor,
do jeito perfeito pra você se lambuzar.

Feito carne viva,
vermelho amor-paixão.

Encostado no cantinho,
observando você chegar.

Encostado na parede
bem daquele jeitinho.

Suado, apressado
tocando bem lá no fundo.

Ai!

 ...

''Deixe seu coração entrar no cio.''



Ou se não,
o meu entra por você.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Sobre passeios de bicicleta

Aquele passeio de bicicleta,


horário de pico

ruas escuras.

Medo da queda,

medo da paixão.


Aquele sorriso no canto da boca,
a sensação de felicidade queimando o corpo.


Eu olhava pra você

desejo de pedalar 
desejo de te beijar.


aquilo pra mim foi a liberdade.










Le fabuleux destin d'Amélie Poulain

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Alguns dias, alguns anos



Dentre todas as escolhas que se podia fazer:
escolheu amar.
Amar, sentindo aquela dor fina.
A dor de sempre. Dor de quem não se acostuma nunca com saudade.

Dos 670 dias,
com ou sem a presença dela.
Escolheu que se pode voltar ao ponto de partida,
e amar sem temor.

Das histórias que a gente pode contar,
vem sempre aquela de que a vontade de seguir em frente,
vence o medo da dor.

Dos 670 dias com ela,
eu quero que venham mais.
Mas que venham completos
24 H O R A S inteiras ao seu lado.

Tenho aprendido com as nossas escolhas,
a ser mais cuidadosa com os caminhos que a gente decidiu percorrer.
Regar as mudas dos bons sentimentos
Juntas as pedras das crises e joga-las no rio que tudo absorve.

Dos 670 dias, muitos vão dizer quanto tempo!!

Mas ainda tenho vontade de ligar pra ela numa madrugada de quinta
e chorando dizer: eu te amo.













sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Amar, como que não teme

Desculpem aqueles que não acreditam mais no amor que dorme de conchinha,
no amor que toma soverte aos domingos
no amor que sonha em casa, gatos e almoço com amigos no final de semana.

Desculpem aqueles que não acreditam mais nisso,
por desgastes
por choros
por ciúmes
por briga.

Desculpem, mas amar é não temer que ainda exista briga, choros e ciumes
no decorrer da caminhada.

Digo pra vocês:
quando eu não mais sentir
aquela dorzinha fina que o amor me traz,
já será a hora de partir.

Enquanto eu estiver amando sem temer,
os meus erros
nossas desconfianças
os teus descuidados

Eu prefiro continuar acreditando nesse amor.
Amor que de me sentir viva.
Amor que alimenta e que cresce.